Dicas para manter o mosquito da dengue Aedes aegypti bem longe da casa e da sua família
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| Foto Wikipedia |
Isso também acontece com a gente. Na presença de alguns
aromas ficamos inebriados, sem direção e alguns até mexem com as nossas emoções.
Tudo depende da resposta que os receptores celulares olfativos emitem para tal e
tal aroma....
Contudo, a maioria das substâncias capazes de ‘repelir’ os
mosquitos são sintéticas e tóxicas como o DEET ou possuem aquele cheiro básico
de eucalipto, como as que estão presentes na composição da famosa planta citronela
ou nas folhas do eucalipto. Sabemos que a
exposição constante a estas moléculas, que são circulares e de alto peso
molecular, pode desencadear processos alérgicos ou até mesmo uma leve tontura ou
dorzinha de cabeça. Isso por causa da dispersão no ambiente das moléculas
voláteis (cheiro) do composto e a reação em cadeia iniciada pelo contato, muitas vezes agressivo, destas
moléculas com os sensores olfativos presentes nas células do nosso corpo.

Para quem não gosta de acender velas dentro de casa,
encontrei as opções de repelentes de tomada, porém na forma líquida. Pois os
repelentes de pastilhas parecem funcionar melhor para o Culex quinquefasciatus, o pernilongo,
que tem atividade noturna. Para o Aedes
aegypti, o formato liquido tem se mostrado mais eficaz. Existem várias
marcas de aparelhos com repelentes líquidos, dentre elas a SBP disponibilizou no
mercado vários tipos de refil. Sendo, além dos sintéticos, as fórmulas à base dos naturais citronela e eucalipto. Esse aparelho pode ser colocado num cômodo da casa mesmo
com a janela aberta, devendo esta ser fechada após a saída dos mosquitos ou anexada
uma tela com trançado muito fino. Lembre-se, as moléculas voláteis possuem um raio
de ação extremamente curto. O produto não funcionará num cômodo muito amplo ou
aberto.
Foi pensando em todos esses ‘poréns’ e ‘vírgulas’ que durante
esta semana estive pesquisando e testando algumas opções práticas que poderiam afastar
o Aedes aegypti do interior da casa. Fui com urgência, principalmente
por causa dessa mania que ele tem de ‘vir com tudo’ em plena luz do dia e
picar nossa pele várias vezes por segundo, sem dó nem piedade. Além, claro, de
ser o principal vetor do vírus da dengue. De cara, o que chamou a atenção foram as excelentes
propriedades da Andiroba. Uma árvore amazônica, cujo óleo extraído de suas sementes
realmente repele os mosquitos, além de ser um
hidratante da pele. Uma coisa legal, é que o óleo da andiroba não tem perfume como os extratos
da citronela e eucalipto. Ao pesquisar, encontrei alguns produtos industrializados
à base de andiroba, os quais possuem registro no MS e estão disponíveis
comercialmente, como o repelente Tropical
da Vini Lady. Esse produto é um
creminho, não oleoso e hidratante. Ele não contém aquele perfume forte que
normalmente tem nos outros repelentes, exalando um aroma bem suave, quase nada. É
de fácil absorção e não é tóxico. Inclusive, segundo o fabricante, pode ser usado em crianças acima de 6 meses. Ao passar nas pernas e atrás dos braços no
período da manhã, durante todo o dia nenhum Aedes
aegypti chega perto. Outra opção é a vela da semente ou do óleo de andiroba, usada no ambiente interno
da casa. Esta, ao ser queimada, exala o agente ativo
que inibe a atividade do mosquito, reduzindo a capacidade deste em picar as
pessoas. Muito usada na Amazônia, pesquisas revelaram uma eficiência de 100% na
repelência do mosquito, resultado jamais encontrado em qualquer outro produto
existente no mercado destinado ao combate do inseto. Além desta característica,
a vela é totalmente atóxica, não produz fumaça e não contém perfume. Afasta,
mas não mata. E só funciona em ambientes fechados com até doze metros quadrados.


Ótimo artigo, com informações ricas e úteis a todos. Parabéns!
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